Gimnospermas

Introdução:

As gimnospermas (sementes “nuas”) são um grupo de plantas caracterizadas pela presença de sementes, mas sem formação de fruto.

Como já mencionado, o grande incremento trazido por esse grupo foi a semente. Ao contrário das pteridófitas, que são plantas vasculares sem semente, as gimnospermas deram um grande salto evolutivo com a produção de semente.

A semente é considerada uma “fortaleza biológica”, porque abriga e protege o embrião contra a desidratação, o calor, o frio e até contra a ação de parasitas. Outra importância da semente é o fornecimento de material de reserva para o embrião, garantindo o seu desenvolvimento.

Outra inovação muito importante deste grupo foi o surgimento do grão de pólen, que é o gametófito masculino da planta. Sua dispersão independe da presença de água, porque uma vez que o mesmo está maduro, ele é disperso pela ação do vento, alcançando o arquegônio, que dará origem à formação do tubo polínico.

Características gerais:

Ø  Dispersão de sementes geralmente por vento (anemofilia)

Ø  Vegetação dominante em regiões mais frias

Ø  Produção de semente

Ø  Presença de estróbilos

Ø  Independência da água para reprodução

Suas sementes são denominadas de “nuas” por não estarem abrigadas no interior de um fruto. Atualmente as gimnospermas estão divididas em quatro filos: Cycadophyta, Ginkgophyta, Coniferophyta e Gnetophyta.

Filo Cycadophyta:

As cicadófitas são conhecidas como plantas gimnospérmicas por produzirem sementes nuas (não encerradas em um ovário). Suas folhas se assemelham às das palmeiras, possuem um caule lenhoso que pode ser aéreo ou subterrâneo. Devido à beleza de sua inflorescência, essas plantas são muito usadas para paisagismo.

Filo Ginkgophyta:

Atualmente só há uma espécie que representa o filo, a Ginko biloba, muito conhecida por sua função fitoterápica.

Essa espécie, de origem chinesa, tem uma história muito interessante. Por ter sobrevivido às explosões atômicas de Hiroshima e Nagasaki (resistiram à alta radiação e brotaram em uma cidade completamente devastada), passou a ser um símbolo de paz e longevidade na cultura oriental.

Seu efeito fitoterápico combate radicais livres, auxiliando na oxigenação do cérebro.

Filo Coniferophyta:

As coníferas são muito conhecidas por todos. Também são plantas gimnospérmicas, ocorrendo em maior número na forma de árvores, mas também podem ocorrer em forma de arbusto. Estão presentes nas regiões tropicais e temperadas do planeta.

No hemisfério norte há um bioma extremamente conhecido por ser povoado por essas coníferas, que conseguiram se adaptar muito bem às baixas temperaturas da região, a taiga. São representadas por árvore do gênero Pinus, como os pinheiros, as sequóias e as araucárias.

Filo Gnetophyta:

É um filo com poucos representantes que apresenta características semelhantes a das angiospermas, como a dupla fecundação, que ocorre no gênero Ephedra. Enquanto nas angiospermas a dupla fecundação gera o embrião e o endosperma, nas Ephedra esta dupla fecundação gera  outros embriões.

Outro gênero deste filo é o Welwitschia, que possui somente uma espécie: W. mirabillis, que ocorre no deserto da África. Sua única parte visível são as folhas, porque a maior parte de seu corpo está debaixo do solo.

As espécies do gênero Gnetum  são encontradas nas selvas equatoriais.